1 Queen Of The Crime Council - Kill Bill

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Meu tesourinho... deprimente!

Quem não se lembra das românticas imagens e palavras do nosso - ainda mais romântico - cantor Toy para com a sua ex-Tina:
- Chupa!
Dizia ele enquanto lhe espetava com uma ameijoa-à-bulhão-pato junto aos beiços.
E ela assim consente e acede: chupa(ndo)-lhe a ameijoa.
E desta, vejamos bem, aproximam-se todas aquelas situações em que alguém te oferece aquilo que para si é: a cereja no topo do bolo.
A saber: quando um namorado bruto te espeta com a goma do cimo do cupcake na boca.
Quando tu ligas para o multi... agora Ferrero Rocher, que trabalha contigo "só para pedir uma pastilha" - como diz ele, e ele, QUE NUNCA O FAZ, consente e acede (passada uma hora) com uma caixa de chocolates.
E tu pensas: oh meu tesourinho... *.* que raios, Que coisa mais fofa. Eu que já te odiava por gostar tanto de ti, agora vou ter que te odiar ainda mais porque tiveste uma atitude super fofa e eu não consigo, nem sei como escondê-lo - MAS DEVIA - abranda Rita, abranda - DEPRIMENTE.
E é então que tu concluis que todo esse teu contentamento não passa de uma caixa de Pandora. De um tesouro deprimente. E é aí que tu te apercebes que só ficaste tão feliz perante um simples gesto, mesmo que brusco, desajeitado e geralmente de surpresa, porque ele é tão escasso e tão raro quanto bolos com cerejas no topo. Assim de rompante só me lembro daqueles bolinhos de coco aos quais eu tiro sempre a cereja melosa e ressequida e aqueles bolos que são as pirâmides, que toda a gente sabe serem feitos com restos de outros, (e acho que a mera analogia basta para fazer alcançar a ideia). Assim sendo cheguei à conclusão que aquela não era a caixa premiada, que ali não se encontrava o golden ticket para a Fábrica de Chocolate, que não, não há Willy Wonka nem Johnny Depp, e que o nosso contentamento com estes gestos é tão efémero... quanto tempo demora um chocolate a derreter na boca.

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