1 Queen Of The Crime Council - Kill Bill

sábado, 7 de novembro de 2015

Da marmita, com amor.

Aquela fase em que... ele foi fazer queixinhas para a colega que eu tinha tecido um comentário menos abonatório à muito feia da camisa (em tons marsala) dele.
Mas não lhe foi dizer que no dia seguinte lhe dei as azeitonas do meu paloco-à-brás!

Fico como os ovos: revueltos.


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

19 de janeiro ou outros dias mais tristes num ano

Digo-o com propriedade e conhecimento de causa, embora a forma como o faça seja de uma frieza distante, sobretudo no que há distância da pessoa, como corpo, diz respeito, mas também, com tanto daquela em que a vida me esfriou. Também já o vivi. E ouço-os, aos meus amigos, a relatarem aquilo que chamo de "comportamentos típicos" ou "tipo" e revejo-me na esperança daquelas palavras. Das palavras de quem procura a frase mágica, aquela que @ traria de volta.
Não há palavra mágica, frase certa ou mestra. Também não, também nunca fica tudo dito. Haverá sempre outra, e outra coisa.
Trememos a cada contacto porque a expectativa e o medo faz-nos estremecer, tal como a perspectiva e o idealismo romântico do recomeço face à real e fria rejeição o fazem. E sim, trememos de frio.
"Ele estava frio, mas eu sei que pessoalmente não é assim." Eu também sei (d)isso, especialmente se entrares na cena do make up sex. Poucos têm a coragem de o recusar. E tu, também te estás a expor a isso. 
"Ele/ela era o melhor amig@, ninguém me conhece como ele/ela." Acho que devemos reservar isto para nós mesmos. Sermos os nossos melhores amigos e conhecer-mo-nos como ninguém. E só o tempo, aquele que também vai atenuar essa história e nos trará tantas outras, é que nos ensina que nos podemos dar, mas nunca ao ponto de não nos termos de volta.

sábado, 6 de dezembro de 2014

A rita diz #9: O que o dinheiro não compra o coração não sente.


Primeiro não me apetecia escrever, depois queria fazê-lo mas achei que não devia. Não. 
Não sobre os dramas já quase eternos desta vida passada para a blogosfera. Porque eu, querendo-o escrever, não o quereria ler. Ou não queria (re)ler o meu próprio drama. 
Eu não sou assim. Sou uma pessoa feliz. Mas desgraçadamente quer-me mesmo mesmo mesmo parecer que quem tem como forte um setor da sua vida (trabalho, amor, saúde, dinheiro, sorte) não se lhe pode assemelhar um outro. E ao invés de me vangloriar profissionalmente, prefiro reconhecer-me (n)uma terrível (não) vida amorosa.
Naquela sexta-feira chuvosa, em que cheguei a casa chorosa, pensei: Podia dar-me e dedicar-me [] a isto. Trabalhar muito. Ganhar muito dinheiro e comprar. Comprar tudo o que quero. Mas se por um lado, nunca poderei comprar tudo aquilo que quero, por outro, nunca poderei comprar aquilo que quero que me seja dado.
Nas palavras de Gabrielle Chanel: As melhores coisas da vida são de graça/não têm preço, as segundas melhores, são extraordinariamente caras. Não há trabalho ou dinheiro que pague as melhores e as segundas, serão como os diamantes... eternamente segundas. E eu estava por uma primeira, Ainda que não tão eterna.

sábado, 15 de novembro de 2014

"O dia deu em chuvoso."

Certo como a chuva e constatado por Álvaro de Campos. Sempre, e aqui o sempre tem tanto de força quanto de tempo, existiram dias chuvosos.
Também (desde sempre) os há em mim. Mas talvez só no dia em que me trouxeram ao conhecimento o poema, (re)conheci este meu estado de alma. Não será exclusivo meu, nem do mundo, toda gente terá os seus dias chuvosos. Esta sexta-feira tivemos mais um.

Choviam cântaros, cães, gatos, e mais uns quantos animais domésticos, talvez alguns peixes por Alcântara e em Sete Rios - ou seja: chovia imenso. Eu saí tarde, cansada e doente do trabalho. Tive, como em todos os dias, de atravessar Lisboa de-uma-ponte-à-outra, [em mais um dia que me dava imenso jeito ter um barco, ou um belo fato de oleado e umas galochas]. Depois toda a gente conhece o resultado do teorema: Chovem cântaros cheios de animais domésticos e alguns peixes (que também podem ser domesticados dentro de aquários [e não só cântaros]) + numa sexta-feira em Lisboa, no Porto, e quiçá em Santo-Tirso, no que ao trânsito diz respeito. E eu à chuva, doente, cansada e tardiamente, cheguei a casa num dia chuvoso, com pensamentos chorosos. Logo eu, que gosto tanto da elegância de andar e dançar à chuva, e depois chegar a casa e tomar um banho tão quente quanto vaporoso [talvez por influência das notícias da Legionella, nem este pensamento de fim de dia me alegrou ou assolapou].

Chovia e eu subia, de passo tão acelerado quanto o pensamento que se fazia sentir debaixo daquele chapéu. As lágrimas passaram do céu para a minha cara,
Mas que opressão a dos dias que dão em chuvosos, sobretudo quando a manhã esteve bastante azul.|